segunda-feira, 25 de abril de 2011

Educação Medieval - Escolástica- Século X ao XV

A escolástica nasce do pensamento cristão europeu da Idade Média.
Foi durante o governo Carolíngio que a Europa atinge avanços significativos com a construção de vários mosteiros, abadias e conventos, também é criada a escola Palatina que mais tarde serve como referência para vários pontos da Europa. É sob o governo de Carlos Magno que surge o primeiro programa de educação e são trazidos vários religiosos da Europa, educando desta forma a nobreza. 
Ao lado desta instrução e educação ministrada aos jovens da nobreza por eclesiásticos, a Idade Média oferece-lhes ainda uma educação militar e cortezã, educação à qual, desde cedo, a Igreja procurou também imprimir uma orientação religiosa e doutrinal.
O modelo escolástico atinge seu apogeu através de Santo Tomás de Aquino.

Embora rígido o modelo admitia espaço para a reflexão e discussão, bem como aplicação da lógica doutrinatória da Igreja.
A Igreja na Idade média dominava o cenário religioso, detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e o comportamento. O poder econômico também era vasto, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos a seu dispor. Os monges e outros clérigos eram responsáveis pela proteção espiritual de toda a sociedade.
O final da Idade Média apresenta sinais de mudanças que atingirão o desenvolvimento intelectual, artístico e científico que florescerão na Idade Moderna, seja por inúmeros fatores como; a organização educacional proposta no período Carolíngio e de fato posta em prática; as primeiras universidades que rapidamente se espalharão pelo continente, a redescoberta e valorização dos clássicos greco-romanos, surgimento dos mecenatos, cisma da Igreja Católica e advinda do Protestantismo proposto por Lutero.

 REFERÊNCIAS
MANACORDA, Mario Alighiero. História da educação: da antiguidade aos nossos dias. 8ª ed. São Paulo: Cortez, 2000.
MARTINS, Maria Olga Pombo. Escolas Palatinas. Departamento de Educação, Lisboa, 2006. Disponível em: <http://www.edu.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/modelos/palatinas.html>. Acessado em: 21 de ago. 2006.

Grupo: Nilsete, Kênya, Camilla, Rosana, Débora, João Vítor, Élen, Franciny, Gabriela.
Ciências da Natureza, 1º período.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Educação na modernidade

A modernização não carrega consigo a modernidade, não há homogeneidade ou uma sintonia absoluta e obrigatória. É certo que uma não impõem a outra, mas, tanto quanto não está errado dizer que estão em paralelo e que suas linhas se cruzam em vários momentos. Iniciando pelo exemplo negativo, pode-se trazer à mente o fato de que a maioria das sociedades tradicionais (ou apegadas a tradições), como Talebã, ou países como o Irã, impõem forte censura às tecnologias de comunicação (como o celular e o acesso à rede). Do que se subentende que a modernização traria a modernidade e consigo uma grave ameaça às mesmas tradições que querem ver preservadas.
Os exemplos positivos de confluência também são variados, a exemplo de uma “tecnologia do poder” que levou ao Estado-Nação e outras “tecnologias de suporte”, como a prensa (que gerou a imprensa), a bússola e o aperfeiçoamento do binóculo (por Galileu) e que muito auxiliaram no processo das grandes navegações, na descoberta do Novo Mundo e na própria expansão do capitalismo (o que supõe mais inovações e transformações dos chamados meios de produção).
A MODERNIDADE trouxe “novos” valores e mais conflitos, como a recusa do “pensamento metafísico” e a procura por um “paradigma científico”, destacando-se a “pluralidade” e a “conflitualidade” (depois a incerteza e a fragmentação: ora chamada de Teoria do Caos, ora apropriada à “pós-modernidade”). Também nos trouxe outro “tipo” de conhecimento e de distinções acerca da realidade, obrigando-nos a abrir o leque da compreensão. Tomemos o conjunto abaixo apenas como exemplificação do conhecimento que nasceria junto ao “Novo Mundo”:
GNOSIOLOGIA: ramo da filosofia preocupada com a validação do conhecimento em função do sujeito cognoscente (“o que é capaz de conhecer o objeto”). Porém, não é sinônimo de AUTOPOIÉSIS (termo criado pelos chilenos Humberto Maturana e Francisco Varela): designa a célula enquanto algo "auto-criado": mas isso poderia ser apenas idiossincrasia. Porém, se “o sujeito só é, quando encontra-se no Outro” (sem isso, não há educação, nem sociabilidade e nem política), logo, complementa-se pela ontologia: tem o foco no ser e não no objeto - sem perder-se na divisão “positivista” entre sujeito e objeto.
A ONTOLOGIA trata da natureza do ser, de sua realidade, da existência dos entes: ontos+logoi = "conhecimento do ser". “A ontologia tem por objeto o estudo das propriedades mais gerais do ser”: apartada da infinidade de “infra-determinações”, não procura qualificá-lo particularmente. Também não se confunde com a EPISTEMOLOGIA ou teoria do conhecimento (do grego episteme: ciência, conhecimento; logos: discurso). Estuda ainda a origem, a estrutura, os métodos e a própria “validação do conhecimento” (daí a Filosofia do Conhecimento). E nem se confunde com a METAFÍSICA (do Grego meta = depois de/além de e physis = natureza ou físico). “A metafísica estuda o mundo como ele é”: é o estudo do ser ou da realidade. Procura responder perguntas como: O que é o real?
A modernidade, portanto, precisaria redefinir seus padrões também para a Educação — uma DEFINIÇÃO DE EDUCAÇÃO ÉTICA, isto é, uma Educação integral (permanente), no sentido da “socialização não-excludente”: uma educação em que alunos e professores compartilhassem de uma visão de mundo de aproximação: de “legitimação da coisa ensinada” – e não como um “conhecimento estranho”. Uma educação com visão de mundo de aproximação ou de “convicção”: tornar o Outro convicto de que se fala ou, ao menos, busca-se a verdade. Uma educação em que “alunos e professores queiram convencer-se e não vencer”: (como na disputa política).
Uma EDUCAÇÃO REPUBLICANA, em que o compromisso sociológico do educador será político (não-partidário), mas focado em reconhecimento, convicção e validação da procura da verdade e do Outro. Uma educação política, mas não para se viver da política e sim para a política. Por isso não cabe o famoso “Alea iacta est” (“a sorte está lançada”), exatamente para que a autoridade educacional não fale como general: “A mãe do covarde não chora” ou, então, “isso é bom de se aprender, mesmo com o inimigo” (Ovídio). Esta “arte da educação”, oposta ao “realismo político”, está em contraste com o antigo provérbio da “arte da conquista”: O conquistado de luto, o conquistador à vontade.
Então, que seja uma educação capaz de transformar necessidades em oportunidades para ser livre. Uma educação em que o mais importante seria perceber qual o projeto humano que está direcionando o atual “processo civilizatório”.

 Revista Jus Vigilantibus, Terça-feira, 4 de dezembro de 2007 

(Postodo pelo grupo de Educação na modernidade : Danilo, Lays, Lucas, Maria Luiza, Samara, Tainá, Vanusa)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Educação Cristã (séc. V ao X)

Existem 3 tipos de escolas Cristãs: a Monástica, a Episcopal, a Presbiterial.
No início da escola cristã (antes do séc. V) a formação era “ascética e moral, espiritual antes que intelectual”. Achava-se que não era necessário o ensinamento dos códigos (leitura e escrita). Depois se viu necessário o ensinamento dos códigos para o conhecimento das Escrituras Sagradas, onde se utilizou termos cristãos para o ensinamento dos códigos.
Segundo São Basílio a escola monástica era só pra quem tinha vocação, e pelo Concílio de Calcedônia interditou a entrada de crianças que não fosse pra vida religiosa. O convento não assume o papel de centro de estudos, já que não foi concebido para isso. Isso tudo no Oriente.
Já no Ocidente, o poder de leitura dos Livros Santos é essencial a vida monástica, como pode ser mostrado desde o início da introdução do monaquismo na África por Santo Agostinho. Vale ressaltar que esse processo não é uma imposição a religião como muitos pensam, e sim a introdução de uma cultura letrada em um lugar onde não se tinha ordem, num lugar onde “as trevas da barbárie se estendem, quando a cultura esmorece no Ocidente e ameaça desaparecer” no século VI.
Os bispos tomam como responsabilidade suas a formação técnica e a instrução literária elementar para garantir o recrutamento normal de seu clero. Foi desta maneira que nasceu e se generalizou a escola episcopal, que mais tarde seriam o inicio das Universidades medievais.
No século VI surge a “escola rural, popular, que a própria Antiguidade não conhecera sob esta forma regular, sistematicamente generalizada”. É o ato de fundação de nossa escola moderna.
As escolas apresentadas são “escolas técnicas, que pretendem formar somente monges e clérigos”.
Quando as escolas profanas herdadas da Antiguidade terminaram de desaparecer, a escola cristã se torna o único meio de se adquirir e transmitir a cultura, onde todos os seus beneficiários são, em princípio, da Igreja. Mas começou-se a introduzir crianças no monastério que não tinham vocação eclesiástica, só para se instruírem. Os mestres das “Idades Obscuras buscam afastar seus discípulos” de uma cultura ligada à educação profana.
A escola cristã abriu caminho a uma nova educação, que não poderia ser assimilada à da Antiguidade clássica. “O cristianismo concede ao mais humilde de seus fiéis, por mais incipiente que seja seu desenvolvimento intelectual, o equivalente àquilo que a altiva cultura antiga reservava à elite de seus filósofos”.

Postado por: Grupo Educação Cristã (Aline, Bruno, Esthfany, Luana, Mayana e Nathalia)
Fonte: Hístória da Educação na Antiguidade de Henry Irénée Marrou