quinta-feira, 24 de março de 2011

A influência do Taylorismo na Escola

O Taylorismo consiste ainda na dissociação do processo de trabalho das especialidades dos trabalhadores, ou seja, o processo de trabalho deve ser independente do ofício, da tradição e do conhecimento dos trabalhadores, mas inteiramente dependente das políticas gerenciais. Taylor separa a concepção (cérebro, patrão) da execução (mãos, operário). Nega ao trabalhador qualquer manifestação criativa ou participação.

A introdução das idéias tayloristas também foi adaptada ao campo do trabalho doméstico e da medicina. Vinculava-se a necessidade das donas de casa e dos médicos otimizarem suas tarefas. Neste contexto a organização das atividades deveria ser bem planejada a fim de que tudo fosse realizado com eficiência e rapidez. É o chamado controle de tempos e movimentos. Para tudo isso é fundamental a hierarquia e a disciplina.  Isto foi o que predominou na grande indústria capitalista ao longo do século XX, e é um modelo que ainda está bem vivo em algumas organizações, a despeito de todas as inovações.  A crise deste modelo surgiu em grande parte pela resistência crescente dos trabalhadores ao sistema de trabalho em cadeia, à monotonia e à alienação do trabalho super-fragmentado.

Como sujeitos deste processo, precisamos refletir sobre estas questões com um olhar crítico. Hoje na escola percebemos os reflexos do taylorismo no tecnicismo, na fragmentação do ensino, na competição, na hierarquização, na organização do tempo das disciplinas. Estes critérios têm se mantido na escola com a finalidade de produzir mão de obra para a ideologia dominante formando pessoas que apóiem esta ideologia e sirvam a ela. 

Não podemos esquecer que a educação para a modernidade precisa ser feita por pessoas que, na prática diária da cidadania, entendam o mundo em que vivem e suas alterações tecnológicas, entendam suas características pessoais que os humaniza e entendam as verdadeiras necessidades do povo. Portanto as metodologias pedagógicas precisam ser revistas, pois, ao se subjugar aos reguladores das políticas educacionais que, de cima para baixo, elaboram sugestões, imposições, para nortear a educação ignorando as necessidades específicas de cada povo, evitam que as escolas trabalhem com liberdade desenvolvendo seu trabalho pautado no que é realmente preciso diante da realidade socioeconômica de suas clientela.

Em fim, a influência do Taylorismo na educação moderna gerou alguns problemas que precisam ser revistos pela comunidade escolar. Para reverter este quadro, a escola precisa produzir sujeitos que saibam romper com este processo excludente de maneira consciente e reflexiva, em todas as estâncias em que participam, seja no seu espaço autônomo como nos sistemas educacionais que freqüentam na busca da formação integral, recurso básico para o exercício da cidadania, livre da fragmentação da consciência, do indivíduo e da sociedade.

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/1152/1/Reflexoes-Sobre-O-Taylorismo/pagina1.html#ixzz1HZqNEJug



Postado por Nathalia de Souza Navarro, aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.

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